História da música cubana
Rodolfo Athayde

O danzón

O primeiro danzón se chamou Las Alturas de Simpson, composto por Miguel Faílde, mulato alfaiate e músico, que tocava o cornetín e dirigia uma orquestra que tocava nos chamados "bailes de sociedade". A novidade musical foi apresentada ao público em primeiro de janeiro de 1879 no Liceu da Cidade de Matanzas. Era dançado por até vinte casais que levavam arcos e ramos de flores.

Faílde teria morrido no esquecimento mas chegou a ser condecorado e designado filho predileto da sua cidade. Concretizou uma convergência de elementos e estilos que marcavam um ciclo da história cubana. O danzón dominou durante algumas décadas o panorama da música cubana.

O son

"...el son es lo mas sublime para el alma divertir", disse o músico Suavecito, que cantava no Septeto Nacional Ignacio Piñeiro e desde então a alma dos cubanos se diverte com o son. Enquanto o danzón se afirmava nos salões, nas montanhas do oriente do país, perto de Santiago de Cuba e Guantánamo surgia um novo ritmo cheio de influências e mistérios que produziu a chave rítmica mais importante da música cubana, o son.

Em 1912 Miguel Matamoros se apresenta no Teatro Heredia de Santiago de Cuba. O músico intuitivo se juntou a Siro Rodríguez e Rafael Cueto para formar o mais famoso trio do son cubano: o Trio Matamoros. Com seu tumba’o no violão, Miguel vai para Nova Iorque e grava Son de la loma e Lágrimas negras, conquistando um êxito enorme de popularidade que se espalha por toda Cuba.

Nessa época o velho danzón estava inevitavelmente influenciado pelo son. Em 1929, Aniceto Diaz, que tinha sido músico da Orquestra de Faílde e continuava na linha de seu maestro, cria o danzonete. Rompiendo la rutina, uma mistura de danzón e son, introduz o cantor como figura principal e da maior força.

No início da década de 30 o son já era um ritmo espalhado por toda a ilha e definira seu formato instrumental urbano. Um dos responsáveis por essa evolução é Don Arsenio Rodríguez conhecido como El Ciego Maravilloso.

Outras influências do século XIX - Lecuona

Vamos fazer um parêntesis. Não é só de danzón e son que vive o cubano. No século XIX, em Cuba, destacam-se vários músicos eruditos como Ignacio Cervantes e Manuel Saumell que, sem dúvida, influenciaram uma das mais destacadas figuras da música cubana deste século: Ernesto Lecuona. Suas músicas, Maria La O, Siboney, Para Vigo me voy, estão no inconsciente coletivo da América Latina.

Em 1912, no Teatro Sauto de Matanzas, Lecuona estréia La Comparsa, uma obra fundamental da música cubana. O próprio Lecuona anos mais tarde diz "...acho justo falar que as minhas danzas negras iniciam o afrocubano. Eu levei, pela primeira vez, os tambores ao pentagrama e aos teclados".

Lecuona conquista Nova Iorque em 1916. Apresenta-se no Teatro Capitol e faz temporada de dez semanas na Aeolian Hall, na época considerada a primeira sala de concertos das metrópoles.

Os sucessos internacionais fazem de Lecuona o líder de um grupo de músicos e cantores que junto a ele resgatam as raízes afrocubanas, como Rita Montaner, que popularizou canções como El manisero, Ay Mamá Inés e Siboney - Esther Borja e Ignacio Villa o famoso Bola de Nieve.

"Rita de Cuba", como era chamada, conheceu Lecuona nos tempos de estudo no Conservatorio Peyrellade. Em 1927 debuta na zarzuela com uma obra de Lecuona: Niña Rita, Em 1928 vai para Paris e se apresenta no Palace e no Olimpia. Em 1929 faz parte do show de Josephine Baker, e volta a Cuba para fazer parte do famoso show de Tropicana onde trabalhou quase nove anos.

O polêmico nascimento do Mambo

Arcaño y sus Maravillas foi berço do que ia acontecer anos mais tarde. A famosa orquestra era integrada por músicos como Jesús López, fenômeno do piano, Israel López Cachao no contrabaixo, Enrique Jorrín nos violinos e o violocelista Orestes López. Cada um deles dará um novo caminho à música cubana.

Em 1938 Orestes e Israel López compõem o danzón mambo, onde motivos sincopados do son com influência dos arranjos do jazz separam a síncope do mambo da estrutura do danzón. Esses elementos são retomados por um músico de Matanzas, baixinho e magro, que será conhecido mundialmente como o Rey do Mambo: Dámaso Pérez Prado que, em 1951, estréia Rico Mambo. O que aconteceu depois, com o furacão de metais e o ritmo que Pérez Prado popularizou, todo mundo sabe.

No começo da década de 50 houve uma explosão na música cubana. Como se não bastasse o surgimento do mambo, a deslumbrante Havana dos cabarets, night clubs e cassinos pedia mais música e novidades, quando outro músico da fabulosa orquestra de Arcaño y sus Maravillas aparece com uma nova criação, o Cha cha chá. O responsável pela novidade desta vez foi Enrique Jorrín com La Engañadora.

O próprio Jorrín diz: "Observei a dificuldade dos dançarinos nos ritmos sincopados, que tinham o acento rítmico na quarta ou na segunda colcheia e comecei a fazer melodias fáceis de dançar, menos sincopadas, onde o acento se desloca para a primeira colcheia".

Uma orquestra ainda vigente levou a glória da divulgação mundial do cha cha chá. Assim como aconteceu com Pérez Prado e o mambo, a Orquestra Aragón foi a voz do cha cha chá.

Benny Moré

Vamos fechando este ciclo da música cubana com uma figura que resume quase tudo o que vimos até agora: Benny Moré, El Bárbaro del ritmo. Alto e magro, com um sombrero e vestido de uma maneira peculiar, esse é Benny Moré. O cantor e compositor é um dos mais famosos da música popular cubana. Nasceu em Santa Isabel de las Lajas em 1919 e foi para a cidade de La Habana em 1963 para cantar e tocar violão em cafés, ruas e parques.

Trabalhou com Miguel Matamoros, com as orquestras de Perez Prado, Mariano Merceron e Bebo Valdes. Depois fundou sua orquestra, a qual dirigia mesmo sem ter estudado teoria musical. É dono de uma atmosfera envolvente: a voz varia em muitas tonalidades e tempos acompanhados de passos dançantes. Uma de suas marcas é a versatilidade - passa das canções tênues para um guaguanco sem perder a qualidade.

A morte do Benny foi luto para toda Cuba, que deu um saudoso adeus ao "Bárbaro do ritmo". Mas não parou por aí, muitas coisas aconteceram, outros ritmos surgiram e um sucesso político, a Revolução Cubana liderada por Fidel Castro virá a influenciar de muitas formas o panorama da música cubana.

O pós-revolução

Após a Revolução de Fidel Castro, em janeiro de 1959, o panorama musical da ilha mudou substancialmente. Cuba foi excluída do cenário fonográfico americano e, consequentemente, do mundo.

Alguns de seus maiores músicos já estavam nos EUA e outros acabaram emigrando. Com as portas do mercado internacional fechadas, a produção cultural da ilha, especialmente a música, começou a procurar suas raízes africanas, que até então eram marginalizadas.

A possibilidade de formação acadêmica oferecida pela Revolução gera um clima favorável ao experimentalismo de novas formas musicais. A década de 60 foi dominada por uma variada safra de ritmos, tais como o mozambique, de Pello el Afrokan, o pilón, de Pacho Alonso, e outras variantes do son, que apesar de populares, se restringiram às fronteiras da Ilha.

Apesar do bloqueio imposto à Cuba, a revolução estética dos anos 60 e a nova cultura de massas - projetadas no mercado internacional pelo desenvolvimento do pop, do rock e do jazz - influenciaram os músicos cubanos. O resultado dessa assimilação, a partir das raízes cubanas, é o surgimento do grupo Irakere, um marco e uma escola que foi seguida por todos.

Chucho Valdés

"Decidi fazer minha própria música e formar meu próprio grupo ao separar-me da orquestra. Então reuni as pessoas que haviam trabalhado comigo, falei com Carlos Emílo, Oscar Valdés, Carlos Del Puerto, Enrique Plá, Paquito de Rivera, Arturo Sandoval e George Varona. Decidimos fazer o Irakere e realizar as idéias e sonoridades que eu tinha em mente.

O projeto do Irakere era pegar uma série de instrumentos que haviam ficado da tradição africana em Cuba - como os tambores batás, tambores ararás, yucas, os próprios chekeres, que no Brasil chamam de cabaça, e todas essas sonoridades - e modernizá-los. Fazer uma fusão de ritmos cubanos e africanos com elementos do jazz.

Os dois exemplos mais importantes do gênero foram a Missa Negra e o Bacalao con pan. O Missa Negra foi uma obra que nos levou a ganhar o prêmio Grammy, o primeiro que Cuba ganhou, até hoje o único que tem ganho um grupo cubano. No segundo tema, um dançante, utilizamos os tambores batás. Na música dançante não se utilizava os tambores batás, estavam esquecidos. Ninguém utilizava a rítmica africana.

Nós decidimos utilizar os tambores africanos, modificar o toque tradicional dos africanos e trazer a fusão moderna do momento. Fazer música para as pessoas dançarem. E aliás, por que não utilizar a língua yorubá? Porque nós falamos espanhol pela raiz espanhola, mas temos uma raiz africana onde se fala yorubá, lucumi e muitos dialetos africanos que ficaram por aqui.

Decidimos também enriquecer a linguagem, misturando a cubana com a africana. Esses dois temas foram os que deram a marca Irakere e que deram um novo ponto de partida.

O naipe de metais de Irakere era um naipe respeitável, com músicos fora de série, que me obrigaram a escrever de uma forma não usual. Aí está a discografia que não mente: como se escrevia a seção de metais antes de Irakere, como concebeu e se começou a escrever para os metais depois de Irakere.

Tendo os quatro personagens que eu tinha nos metais, essa gente precisava de um trabalho de lápis muito especial, para se sentirem realizados, porque eram músicos de muitas possibilidades. Então os agudos de Sandoval, o virtuosismo de Paquito, o virtuosismo de Averoff, e o som de Varona, me obrigaram a fazer este novo estilo que tem sido copiado por todos os grupos"

Leo Brouwer

Leo Brouwer é um dos exemplos mais importantes na formação de novos músicos cubanos. Uma figura mítica. Regente, compositor e violonista clássico, Leo é considerado por muitos o mais importante músico cubano vivo.

Nele parece se confirmar a tese da relação música e genética. Neto de Ernestina Lecuona - pianista, compositora e irmã do gênio musical Ernesto Lecuona - Leo soube desenvolver a herança de sua família produzindo mais de 100 obras de diferentes estilos. Sua etapa experimental, ligada as vanguardas musicais como o aleatorismo, influenciou outros músicos da ilha.

"Não há antagonismo entre a música popular e a clássica. A raiz desta separação - que neste presente século está no nascimento do rádio, pois o rádio torna a música que conhecemos popular, basicamente para a sua exploração comercial - não é um problema de atitude dos artistas, de concepções mais ou menos classistas, do fato mesmo da criação, de fazer uma música mais estranha, menos estranha, mais popular, menos atrativa.

É simplesmente que o artista responde a uma demanda que já se faz comum, se estabelece por muitos anos através dos meios de massas, através da lei de oferta e demanda tristemente. É ela que divide a música popular e clássica".

A década de 60 e a trova

Na década de 60 foi fundado o Grupo de Experimentação Sonora do Instituto Cubano de Cinema, que permitiu uma importante troca entre novos trovadores, jazzistas e músicos intuitivos, com a sua escola de rigorosa técnica musical e experimental.

Ao final da década de 60 surge a "Nova Trova", um movimento de renovação da canção, liderado por Silvio Rodríguez e Pablo Milanés, que procura se identificar com os problemas de seu tempo e as tendências musicais predominantes.

Segundo o musicólogo Hélio Oróvio, a "Nova Trova" era apresentada como um movimento rebelde ao regime cubano pela proposta estética e abordagem crítica da realidade nos seus textos: "... mas logo foram assimilados pelo sistema e viraram o voz dos valores defendidos pela Revolução, sendo os responsáveis pelo contato cultural cubano com o mundo e especialmente a América Latina nos anos mais duros do isolamento cubano".

Pablo Milanés foi o elo entre o FEELING e o movimento da canção, influenciada, no seu conteúdo, pelas mudanças sociais trazidas pela Revolução e por todo o clima de reflexão sobre ideologias e costumes que permeou os anos 60.

Dos Beatles a Bob Dylan, da canção de Violeta Parra ao Tropicalismo brasileiro, tudo serviu de alimento aos textos poéticos e reflexivos dos novos trovadores. Mas a música ainda buscava suas raízes no lirismo da Trova Tradicional cubana misturada às inevitáveis influências do rock'n'roll.

O modo de compor de Silvio, Pablo e outros importantes músicos do movimento como Pedro Luis Ferrer, Noel Nicola e Vicente Feliú, consolidou um estilo seguido por jovens "trovadores" que, por sua quantidade e diversidade, chegaram a formar um movimento nacional.

As novas gerações do movimento buscaram atualizar a linguagem musical. Nesta etapa destacam-se Santiago Feliú, Carlos Varela, Gerardo Alfonso e Frank Delgado.

A música cubana diferencia-se pelos conhecidos ritmos dançantes que vão do danzón, son, bolero, mambo, até a salsa. E nessa evolução cheia de influências destacaram-se duas: a música erudita com seu background técnico e o jazz, que influenciou os formatos dos grupos cubanos e a confecção dos arranjos e passou a ter uma relação de intimidade com a música cubana.

Los VanVan, a salsa e o ressurgimento no cenário internacional

Em 1969, uma orquestra mudaria os padrões tradicionais da música dançante cubana: a Orquestra Los VanVan, criada por Juan Fromell. Os anos 70 podem ser caracterizados pelo retorno da música cubana ao cenário mundial. Surge a salsa, uma música tão famosa quanto polêmica, vinda da segunda geração de imigrantes latinos, residentes em Nova Iorque que estavam submetidos à competição do mercado americano.

Deve-se deixar bem claro que a salsa não compõe mais um dos gêneros musicais cubanos e sim é uma denominação americana a todos os ritmos afro-cubanos - merengue, bomba, rumba, son, vindos do Caribe.

Pode-se classificar a salsa como sendo a compilação de 80% do son cubano, mesclados a outros 20% de ritmos caribenhos. Considerada a "Rainha da Salsa", com um vozeirão grave, expressivo e liso - sem vibratos, emitidos de forma rouca para acentuar pontos dramáticos - Célia Cruz, despontou para o mundo da música após ter vencido um concurso de tangos na Rádio Garcia Serra, em Havana, em 1947.

A cantora exilou-se de Cuba em 1960, após a Revolução Socialista, sendo eleita como o símbolo da resistência cultural, em 1974, pela comunidade latina de Nova Iorque.

Já no começo dos anos 80, na Escola Nacional de Música, aparecia um grupo experimental chamado Proyecto, liderado por um garoto de 17 anos: Gonzalito Rubalcaba. Dizzy Gillespie estava presente em um dos Festivais Jazz Plaza, realizados em Havana.

Gillespie ficou tão impressionado com o jovem pianista e estudante de bateria que teve como reação imediata convidá-lo para tocar junto com ele. Desde então, a carreira meteórica de Gonzalito continua em ascensão. Atualmente, com apenas 35 anos, pode ser considerado um dos músicos cubanos mais importantes de todos os tempos.

A abertura político-econômica e turística iniciada nos anos 90 por Fidel Castro; o surgimento de novos grupos, bem como a retomada de sucesso de orquestras antigas, trouxeram de volta ao cenário internacional os ritmos afro-cubanos.

Um dos grupos mais falados e tocados na Europa é o grupo Síntesis comandado pelo músico Carlos Alfonso. O grupo experimenta uma mistura de sonoridades do rock-pop com os cantos yorubás afrocubanos.

O resultado disso está em Ancestros, um disco antológico que coloca a música cubana no cenário contemporâneo e amplia seu espectro de gêneros. Com o fim da polêmica em torno da salsa são liberados os preconceitos e as influências do resto da música latina.

Buena Vista Social Clube

O bairro Buena Vista em Havana é um canto sem atração turística alguma, um lugar popular, humilde, cheio de gente nas esquinas falando de beisebol e telenovelas, inventando gírias de moda e sempre cantarolando alguma rumbita ou uma música salsa estourada na rádio. Mas é ali que, a partir de um velho e desativado Clube Social, surgiu o maior fenômeno da música cubana das últimas décadas e, sem dúvida, o maior da época das mídias.

Muito tem se falado do Buena Vista Social Club, muita lenda em torno dos "velhinhos esquecidos de Cuba". O importante é saber que muitos fatores coincidiram para que esse simples CD mudasse o panorama da música cubana. Rubén González, Ibrahim Ferrer, Compay Segundo, Elíades Ochoa, Guajiro Mirabal, Cachaito, Omara Portuondo, Puntillita, deram de cara no velho e místico estúdio de gravação da EGREM em Havana Velha, convocados por Juan de Marcos, um músico mais jovem, que então dirigia o grupo Sierra Maestra.

Este grupo tocava música tradicional (sones, guarachas, boleros) e tinha um velho projeto na cabeça: juntar a velha guarda e fazer um disco com aquelas músicas inesquecíveis. Um produtor inglês, conhecido de Juan de Marcos, Nick Gold, daria essa oportunidade. Assim tentando recriar uma época dourada, com o som ambiente das velhas gravações, as vozes e a interpretação da época, o som acústico quente e profundo, foi feito o disco de ouro que apareceu sob o já conhecido nome.

O resto foi o excelente tino comercial que caracteriza o showbusiness. O contexto de aceitação da chamada "música raiz", que atuava como refluxo da música comercial na Europa, criou um espaço para que a velha música tradicional cubana - que tinha sido banida das lojas do mundo inteiro, por causa embargo comercial dos Estados Unidos a Cuba e tinha deixado a agradável lembrança da época do mambo, a rumba e o cha cha cha - voltasse a aparecer redimindo.

Não só os esquecidos músicos, que de fato não eram tão esquecidos assim, mas a nostalgia de uma imagem de Cuba, mais perto de Hollywood, mais folclórica, da ilha de sabor, de bares e boleros, de ritmos contagiantes, afastada da Cuba real, que passara por um profundo e, por vezes, doloroso processo de transformação social e cultural, contribuíram para o sucesso do disco.

A música não esteve isenta deste processo, criando uma nova fornada de supertalentos musicais que fizeram uma música complexa e não menos saborosa mas, com certeza, que exigia mais dos ouvidos gringos e do seu sentido de ritmo. Durante anos, esta música não contou com os favores da indústria fonográfica mundial.

Buena Vista Social Club é um fenômeno único, que não voltará a repetir-se na história da música popular. Além de todas as lendas e opiniões há uma coisa certa: é emocionante ver aqueles maravilhosos velhos fazendo uma música tão contagiante e elegante com uma absoluta sinceridade e entrega. E é isso o que faz a diferença.